O cálculo é do pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da FGV, e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Manoel Pires.
Ele preparou simulações sobre o impacto que cada uma das medidas pode ter sobre as despesas. O trabalho explicita que a idade mínima de 65 anos – com uma regra de transição para homens acima de 50 anos e mulheres acima de 45 anos — é o que tem maior efeito sobre as contas públicas. Sozinha, ela reduz os gastos de 18,8% para 15,9% do PIB, quase três pontos percentuais do PIB.
Quando se inclui na conta a mudança proposta pela equipe econômica no cálculo de benefícios, o impacto faz a despesa total diminuir para 14% do PIB até 2061. Somando ainda o gatilho que ajusta a idade mínima, a partir do aumento da expectativa de sobrevida da população, a conta cai para 12,3%. E incluindo, também, a elevação do tempo de contribuição de 15 para 25 anos, a despesa se reduz para 11,5% do PIB.
Com PIB de 6 trilhões a economia supera 430 bilhões.